Nathália Reis
14 min readFeb 6, 2024

O que significa ser homem na sociedade pronta para mulheres consideradas boazinhas?

Foto de Tom The Photographer no Unsplash

É incrível como continuamos mesmo depois de tanto tempo sendo rotulados por conceitos um tanto ultrapassados a respeito do nosso caráter e personalidade!

O mundo segue sempre mudando, mas parece que nossa mentalidade não está acompanhando esse movimento rápido de transcendência coletiva. Engana-se você, caro leitor, que o grande movimento gerado pela pandemia foi em vão. Muito aconteceu internamente e muito foi remexido no coletivo, que talvez ainda não esteja sendo enxergado pelas pessoas, instituições e políticas o tamanho dos estragos que nossas escolhas do passado causaram.

Sim! Somos todos co-responsáveis pela desordem que causamos. Assim disse, mais ou menos, o Carl Jung. Não adianta fecharmos os olhos para enxergar o quanto os rótulos que recebemos de geração em geração continuam atingindo nossa autoestima com duros golpes em nossa capacidade de acreditar que somos completos, e é por esse motivo que somos bons o suficiente.

Não! O Universo nunca erra a fórmula, o que acontece são diversas interferências que influenciam nossa mentalidade, emoções, comportamento e visões sobre a vida. Aquelas vagas ideias que não fazem mais sentido na nossa atual situação social, onde na minha pequena e humilde visão, precisamos evoluir, contribuir e colaborar uns com os outros.

Ninguém está aqui para diminuir ou ferir ninguém, estamos todos em constante evolução e cura daquilo que nos feriu em algum momento da nossa existência!

O termo masculinidade tóxica decorre de ideias de comportamento, mentalidade, emoções e padrões de pensamento associadas a velhos conceitos sobre o que significa ser homem, pai, menino, um jovem senhor, um homem idoso.

Sabemos, e isto está cada dia mais visível, que a sociedade ainda está se preparando para receber os homens no mundo sem tantas imposições e com mais abertura a apenas o rótulo ser humano.

O mesmo acontece com as femininidades tóxicas, aquelas pessoas narcisistas, controladoras, as eternas vítimas, as falsas donzelas em perigo, as mães narcisistas, as palpiteiras de plantão, as fofoqueiras da rua onde moramos. Sim, não basta apontar o dedo para apenas uma parte da sociedade!

Ainda há um longo caminho no coletivo para destruir o que chamamos de tóxico, pois se é ruim nem deveria existir. Mas sabemos que nem tudo são flores e nem tudo é aprendido no ambiente familiar, na escola, na roda de amigos, na faculdade, com os colegas de trabalho e etc.

O que está de fato acontecendo com os homens? Não sei, mas tenho alguns palpites…

Ultimamente tenho recebido muitos insights em meu trabalho sobre uma masculinidade ainda tóxica instalada na sociedade.

Existe um caminho mais alternativo e talvez ainda não tão explorado sobre o que significa ser homem, que é a abertura para conversar sobre assuntos que os fazem se apresentar no mundo sem toda bagagem do:

Ser homem é difícil”

É difícil para os homens se abrirem e falarem sobre suas emoções

É complicado entender a cabeça de um homem

Os meninos são mais fáceis, dão menos trabalho

Infelizmente muitos destes rótulos acima são implantados pelas próprias ideias de uma femininidade tóxica e distorção de realidade sem conhecimento de causa.

O que esperar dos homens numa sociedade que apenas espera que os eles sejam vistos e ajam como:

  • Os valentões da escola que estão a todo custo tentando provar que não era bem assim
  • Os tímidos que foram simplesmente bulinados o tempo todo por não serem como os valentões
  • Aqueles que ainda não se enxergam como suficientes pois estão fora de algum padrão
  • Os que se acham demais e sempre encontram uma forma de detonar a autoestima daqueles que invejam secretamente
  • Os caixas eletrônicos da família, que estão abrindo mão de viver suas escolhas para continuar no papel de provedores
  • Aqueles que sempre questionam o próprio valor pois se comparam a falsas ideias de masculinidade tóxicas e não sabem como sair do modo operandos
  • Os que não sabem exatamente quantas calcinhas a filha tem na gaveta ou quando é a data de aniversário dela pois isso é coisa da mãe
  • Os que sofrem duros golpes da família pois ainda não sabem como lidar com a própria sexualidade
  • Os que são diminuídos por terem alguma questão de ordem mental ou emocional, mas continuam sendo cobrados para serem o que nem sabem que não deveriam ser
  • Também tem aqueles que continuam escondendo a verdadeira natureza por medo do julgamento alheio e continuam presos a falsas ideias de mentalidade e comportamento masculino
  • Aqueles que consideram o suicídio como única forma de libertação de suas dores
  • Os que buscam eternamente pela validação dos outros para saberem que estão fazendo escolhas certas sem confiar em si mesmos
  • Não podemos esquecer dos que estão se matando pra chegar numa posição de destaque profissional pois não enxergou valor em outras alternativas
  • Os que são um “produto” de uma expectativa familiar ou de amigos sem alcançar autenticidade

Creio que não se trata de uma questão de gênero, etnia, credo ou seja o que for. É mesmo nossa educação de caráter que precisa de uma gigante atualização pra que a nossa visão de futuro seja de uma sociedade onde os homens podem simplesmente ser sem tanto esforço.

Seria ingenuidade minha falar sobre broderagem aqui e o que se passa na realidade de cada homem que questiona seu próprio valor.

Mas não podemos negar que uma expectativa social foi colocada sobre o rótulo “homem”, deixando de lado questões mais sutis e ao mesmo tempo profundas. Talvez algumas perguntas podem esclarecer a forma como os homens gostariam de se apresentar no mundo sem precisar mostrar a carteira ou usar o cargo no trabalho pra se sentirem vistos, enxergados, amados, aceitos como:

  • Como você gostaria que as pessoas te descrevessem?
  • Se alguém lembrasse de você agora, o que você gostaria que as pessoas falassem?
  • Se você fosse usar o antigo Twitter, o que você usaria em 140 caracteres pra se descrever sem usar carreira ou status quo?
  • Numa roda de colegas de trabalho num happy hour, o que você gostaria de usar para se engajar numa primeira conversa sem falar sobre dinheiro, mulheres, cargos e coisas desse tipo?
  • Se eu estivesse sentada num café com você, o que gostaria de me contar de bacana ao seu respeito que ainda não sei?

Não é tão fácil se despir de tudo que foi colocado com o rótulo de masculinidade tóxica para simplesmente ser visto como uma pessoa comum vivendo uma realidade possível!

Como mulher é complicado que eu expresse uma visão da qual não tenho experiência para relatar. Por exemplo, o fato dos homens ainda serem enquadrados em batidas policiais mais do que as mulheres, de serem vistos apenas como os que devem pagar a pensão num processo de divórcio, de não terem voz ativa em casa pois apenas estão lá pra pagar as contas, de não se sentirem seguros para pedir ajuda pois deveriam saber se virar sozinhos apenas por serem homens.

Já ouviu falar no termo “vai lá e seja homem?”

Eu escutei isso a minha vida toda e sempre achei estranho, mas não tinha parado pra questionar tanto ou refletir mais profundamente a respeito.

Mas meu mais recente despertar espiritual para entender sobre masculinidade, me trouxe ideias que interligaram com o que escuto nos bastidores de trabalho. Trago alguns exemplos:

Caiu no chão na escola e riram de você? Vai lá levanta, pare de chorar e seja homem!

Não transou com ela ainda? Vai lá, seja homem e mostre o que ela perdeu!

Está triste por alguma coisa? Vai lá e seja homem enchendo a cara com os caras!

Você está cansado? Vai lá e seja homem, toma uns energéticos e manda vê!

Mas e o que acontece com os rótulos das meninas boazinhas?

Sobre isso posso opinar! A sociedade construiu o outro lado do esteriótipo de uma pessoa que está na figura feminina.

Talvez a mensagem seja clara e diga: “Você pode ser e ter tudo, mas não pode querer ter e ser tanto!

É realmente paradoxal! Mas é esperado de meninas, mulheres, mães, jovens senhoras, mulheres idosas um padrão que é, sinceramente, impossível de se atingir considerando nossa natureza humana!

É incrível como somos rotuladas com ideias de que precisamos ser fáceis, dóceis, amáveis, ter uma voz suave, parecer inocentes, viver para agradar, sermos obedientes, mães amorosas. Mas nada disso leva em conta nosso berço educacional, ou seja, com que tipo de crenças, valores pessoais, virtudes e exemplos crescemos e fomos educadas (não doutrinadas!) para nos apresentarmos no mundo!

“Se você se deparou com uma mulher impecável, de unhas feitas, cabelo arrumado, casa em ordem, filhos educados, prosperando na carreira, fazendo a terceira pós-graduação, plena…rodeada de amigos em jantares ou no jatinho…você sem dúvida estava no Instagram!” #égolpecolega

Infelizmente, a realidade de muitas pessoas ainda não considera que é humanamente impossível estar com a vida toda em ordem! Nós vamos decair e levantar o tempo todo em nossa jornada, com as mulheres não é diferente dos homens.

Na verdade, não existe distinção e todos estamos sujeitos a passar por perrengues ou estagnação em algum momento da vida. Que vai impactar muitas áreas até chegarmos naquele momento platô!

O que acontece com mulheres que levantam bandeiras como:

  1. Empoderamento feminino e ambição feminina
  2. Liberdade sexual e de gênero
  3. Relacionamento não-monogamico ou não estar em um relacionamento
  4. Autonomia e independência financeira
  5. Liberdade para não casar e não ter filhos
  6. Liberdade para viajar solo pelo mundo
  7. Liberdade profissional do sistema tradicional
  8. Reservas ao invés de extrema exposição
  9. Amor pelo corpo independente das mudanças que acontecem com a idade e as experiências femininas, como a maternidade
  10. Autoaceitação e autoestima para se valorizar e impor limites claros

Do ponto de vista da experiência depende muito. Se estamos rodeados das pessoas que sabem realmente nos suportar e enxergar nossas lutas diárias, talvez seremos vistas como mulheres de verdade. Nem sempre o suporte às nossas escolhas de vida é genuíno apenas porque estamos entre mulheres, por exemplo.

Retomo a ideia de que nem tudo é exatamente como parece ser e depende muito do nosso berço educacional e familiar. Existem questões de gênero e etnias que não tem o mesmo peso numa sociedade machista, preconceituosa e que discrimina as mulheres de cor!

Nesse caso não adiantam boas notas, roupas de marca, perfumes importados, ser bilingüe, ter um histórico invejável no passaporte. Enquanto isso, esperam que sejamos comuns num mundo que deveria abraçar a diversidade!

O que significa ser mulher? Sinceramente é uma pergunta muito subjetiva e íntima para ser respondida num ambiente como este. Tenho minhas visões e ideias a respeito da vida que eu construo diariamente, mas são minhas atitudes que podem influenciar outras mulheres a se sentirem mulheres sem todo peso das expectativas sociais ultrapassadas!

É impossível conseguir enxergar uma mulher sem conviver com ela e entender sobre femininidade, hormônios, visão de vida, experiências, como as oportunidades são mostradas as mulheres, crenças, valores e assim por diante.

Vejo que não é diferente com os homens, pois para mim estamos falando do ponto de vista humanidade e não gênero. Até porque gênero e sexualidade não são iguais e este é um mundo da qual não quero me aprofundar. Pelo menos não neste momento!

Também existem crenças limitantes que envolvem as mulheres e que podem afetar não apenas a autoestima do ponto de vista emocional, mas também a saúde física e mental. Compartilho exemplos:

Se eu focar na carreira não posso ter filhos

Se eu for mãe não vão me respeitar mais no cargo de diretoria

Deve ser muito tarde para conseguir retomar minha vida e meus sonhos

Estou ficando velha e sou divorciada, quem vai me querer?

Não tenho a mesma performance sexual de quando era jovem como vou me manter num relacionamento?

Então se não bastasse as ideias equivocadas que são implantas na sociedade, ainda é preciso entender o mundo das mulheres e seus dilemas pessoais. Que são enfrentados diariamente e que muitas vezes não encontram as palavras corretas pra expressar o que sentem na sessão de terapia ou nas conversas com as amigas num encontro casual.

Especialmente quando são cobradas em seus ambientes profissionais, familiares, na roda entre amigas, nas visitas ao médico para ser alguém que não condiz com o que pensam, acreditam, sonham, idealizam.

Então sempre fica o meu questionamento diante desses dilemas: “quem é o monstro?”

Deixo essa resposta pra você que lê esse artigo, para que possa praticar a empatia e entender um pouco dos dois lados agora…

Mas, ao fazer esse exercício de reflexão procure retirar os rótulos tóxicos sobre o que esperar das mulheres, como:

  • Mulheres nasceram para casar e ter filhos
  • Mulheres não sabem dirigir ou estacionar direito
  • Mulheres não sabem tocar negócios de sucesso
  • Mulheres líderes são mandonas
  • Mulheres são responsáveis por cuidar
  • Mulheres sempre vão ser vistas como donas de casa mesmo tendo um cargo importante
  • Mulheres devem atender as necessidades de seus parceiros num relacionamento mesmo violando seus limites
  • Mulheres são muito sensíveis e não conseguem dar conta da pressão

Pois é, continuo com a mesma ideia de que para construir algo novo é necessário derrubar velhas fundações!

Como você gostaria de ser vista ou que as pessoas falassem de você sem ser ofendida ou humilhada com conceitos ultrapassados?

Te convido a utilizar as mesmas perguntas que estão mais acima no texto, pois não existe diferença!

E o que acontece com os padrões familiares geracionais e como isso impacta as visões masculinas e femininas da sociedade moderna?

Muito do nosso comportamento, mentalidade, emoções desenvolvidas e respostas aos eventos acontecem normalmente quando fazemos parte de um padrão familiar gerado por pessoas emocionalmente imaturas. Que em muitos casos não tem condições de estar no papel e responsabilidade ao qual foram, de certa forma, direcionados a ocupar.

Vale lembrar que mesmo sendo nossos pais antes de tudo são pessoas e lidam com questões pessoais que talvez, não saberemos compreender sem que haja diálogo e acolhimento saudável no núcleo familiar.

Sim! Eles vão cometer erros, cagadas, tropeçar, fazer escolhas inconscientes, passar por traumas e isso tem impacto não apenas em quem está vivendo a experiência mas indiretamente em quem convive com essa pessoa.

Não estranhe algum dos seus pais passar por situações como essa, e você em sua vida adulta tiver comportamentos como:

  • Cenário 1: Usar a culpa por ter aberto mão das próprias escolhas por ter que criar você. Então normalmente é usada a culpa ou vergonha sempre que sentem que uma oportunidade foi perdida. Logo, nós adultos respondemos no padrão “people pleasers” para garantir nosso lugar na família, atender as necessidades dos pais e sermos aceitos! Não é difícil ter problemas de autoestima quando não nos sentimos seguros para sermos nós mesmos quando nos lançamos oficialmente no mundo.
  • Cenário 2: Quando convivemos com pais narcisistas e tendem a se colocar no lugar de vítimas pelos acontecimentos que foram escolhas deles em primeiro lugar, mesmo que inconscientes. Então é comum enfrentar situações onde existe rejeição, exposição de seus erros, sensação de abandono, alguém expõe a verdade, eles deixam de receber o suporte que tinham (especialmente financeiro), perdem o controle sobre as pessoas. Logo, surge culpa, cobranças, medo quando decidimos assumir o controle de nossas vidas e viver nossas escolhas longe deles.
  • Cenário 3: Quando um dos nossos pais ou ambos projetam sobre nossas vidas uma ideia a respeito de quem devemos ser, cargo que devemos ocupar, empresas que vamos trabalhar, como devemos nos comportar, etc. Então, é natural em nossa vida adulta que hajam cobranças para que esse personagem apareça ou pra que o retorno do investimento (alô galera que teve a faculdade paga pelos pais) ainda não esteja dando lucros! Logo, é natural que haja uma certa autocobrança por resultados muitas vezes irreais diante do contexto de cada um. Ou pior que sejamos vistos como os caixas eletrônicos da família e que serão capazes de salvar todo mundo do próprio fracasso. O que é muito comum e só nos damos conta quando um ou ambos pais entram no que é chamado de Síndrome do Ninho Vazio. Quando os filhos seguem a vida e os pais se sentem abandonados e sem conseguir compreender sobre si mesmo e o que querem para suas vidas nesta fase.
  • Cenário 4: Seus pais dizem que querem ter um relacionamento mais próximo com você desde sempre e então compartilham de situações muito íntimas como a vida sexual, problemas financeiros, dificuldades no trabalho e coisas da vida adulta quando você era uma criança. Mas eles não sabiam ou compreenderam que isso não era proximidade familiar. Então quando adultos temos a tendência a ter dificuldade com imposição de limites e privacidade, quando alguém faz isso e muitas levamos como uma ofensa. Logo, é natural usar de hábitos nocivos como tratamento com silêncio apenas por punição, super compartilhar informações íntimas e que serão usadas contra nós em um momento vulnerável, sermos vistos como os terapeutas ou obrigados a serem responsáveis pelo cuidado em algum momento também vulnerável. E é natural sentir uma certa culpa por não querer mais assumir esse papel ou medo de achar que não encontraremos nossa rede apoio se sairmos desse ambiente disfuncional.

Não é de admirar com esses pequenos exemplos que a nossa sociedade e cultura precisa realmente de educação de caráter!

Passamos por uma grande revolução mundial com a pandemia do Covid-19, que causou um profundo impacto pessoalmente e coletivamente falando em cada um de nós. E que tenho certeza que até hoje tem provocado muitas mudanças em cada um de nós.

Não se deixe enganar, o vírus foi controlado e não tem mais a mesma força. Fomos pegos pelo colarinho para ver questões relacionadas a saúde e o quanto somos frágeis quando nossa existência foi ameaçada.

Alguém implantou a ideia de um novo normal, que seria possível atingir “rapidamente” pois nossa consciência sobre as coisas que nos aflige iria mudar a partir de uma nova mentalidade e atitudes.

Mas olha só…como a ironia é real. Mudanças profundas e significativas não tomam lugar rapidamente como pensamos. Pois muito diferente do que foi dito por tantos especialistas por aí, ainda não estamos alinhados a esse novo modo de viver e enxergar a vida!

Leva um tempo de adaptação para que possamos viver uma realidade da qual nós ajudamos a construir todos os dias com nossas escolhas diárias.

O novo normal ultra revolucionário onde todos são conscientes de suas escolhas, a máquina pública é gerida de maneira honesta e transparente, as relações interpessoais são como redes de apoio de verdade, o trabalho é visto como um meio para ganhar a vida e não nossa vida em si, ainda não é possível!

As coisas que mais desejamos vivenciar não se manifestam automagicamente em nossa vida com um estalar de dedos. É preciso nossa energia, nossa decisão, expansão de consciência, nossa atitude, perseverança, coragem, autoconfiança e autocompaixão (às vezes vamos falhar miseravelmente até chegarmos onde queremos chegar) pra que isso se torne real mesmo!

Não tem linha reta! Existem desvios benéficos, redirecionamentos importantes, situações difíceis, escolhas e pessoas difíceis também no meio do caminho. Mas não é impossível e muito menos existe apenas uma alternativa.

O cenário muda de acordo com a roupagem que ocupamos, feminina ou masculina! Não devemos ignorar isso pois são realidades diferentes apesar de sermos todos humanos!

Pensamentos Finais

Precisamos normalizar uma sociedade onde praticamos o respeito mútuo, o limite e privacidade de cada um quando são claros, pedir perdão quando erramos com alguém, assumir nossas escolhas do passado com responsabilidade.

Mas também é preciso praticar da autoaceitação pela desconstrução de uma autoestima que apenas enxerga a questão física e a imagem que temos de nós mesmos no espelho.

Não adianta falar em nos educarmos em caráter se o relacionamento com a gente mesmo é tóxico. E se em algum momento de profunda dor vamos transferir isso pra aqueles que não são responsáveis pelo que foi causado.

Aprendi que um relacionamento consciente começa melhorando o relacionamento com nós mesmos e que não podemos ser autênticos para os demais, apenas para nós mesmos.

É praticamente impossível viver preso/a em um personagem durante muito tempo que não reflete nossos reais valores, forças de caráter e virtudes. Pois toda vez que a gente se “desvia” é como receber uma chicotada mental e isso tem grande poder sobre nosso estado de espírito.

Buscar apoio e suporte sem dúvida é essencial, mas o que estamos fazendo por nós mesmos para convivermos uns com os outros de maneira respeitosa, humanizada e acolhedora?

Deixo aqui essa última reflexão sobre isso!

Olá! Meu nome é Nathalia Reis e sou Coach especialista em Psicologia Positiva e Inteligência Emocional. Não conformista e que gosta de sempre questionar o porquê das coisas. Entusiasta de uma vida simples e intencional. Faço isso por uma escolha e não por ser a minha missão de vida! Conheça mais sobre meu trabalho aqui.

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Nathália Reis

Coaching para Gestão de Estresse. Entusiasta de uma Vida Simples e Intencional. Curiosa, questionadora e não-conformista. Visite: www.nathaliareis.com